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Caro blogueiro, tenho enorme prazer em dividir neste Blog idéias sobre estratégias e sua importância nas organizações, fundamentado em teorias conceituadas de grandes autores influentes no assunto. Provavelmente o conteúdo divulgado irá de alguma forma proporcionar debates fascinantes, sobre situações que muitas vezes passam despercebidas no mundo dos negócios.


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3 de fev. de 2010

A Decadência dos Fabricantes de CD’s


Alguém se lembra dos Disckmen, aqueles aparelhinhos portátil que as pessoas transportavam em suas bolsas, mochilas e até nas jaquetas. Bastava inserir um CD de sua preferência e desfrutar das melodias, não poderíamos nos esquecer dessa passagem em nossas vidas, mas essa época já se foi, em meio às mudanças tecnológicas ocorridas nos últimos anos e a explosão da internet, não nos demos conta de que estávamos entrando em uma nova era com o advento da musica digital e recebemos de braços abertos os aparelhos em formato MP3 e iPod, capazes de armazenarem centenas de músicas com um tamanho inquestionável comparado aos antigos Disckmen. È visível as vantagens que estas novas tecnologias proporcionam aos consumidores, no qual anos atrás viam se obrigado a comprar um álbum completo mesmo quando queria ouvir uma ou duas musicas de um determinado artista.
A Música Digital ganhou a dimensão que tem hoje, não só pela tecnologia atribuída aos aparelhos e o acervo disponível na internet (downloads), mas pelo fato de ser parcialmente gratuita, essa combinação oferece um custo beneficio vantajoso ao consumidor levando a aderir estes produtos. Sem duvida essas mudanças beneficiam os consumidores no mundo inteiro, mas o que seria uma revolução eficiente para uns, traz conseqüência pesadas para outros, é o caso dos fabricantes de CD’s, que viveram épocas de recordes históricos no passado e hoje se desespera vendo a queda nas vendas de seus produtos nos últimos anos, essa explosão da internet destruiu as barreiras de entrada para novos competidores no Mercado Digital e uma empresa que não é protegida por barreiras torna-se extremamente vulnerável segundo Michael Porter, uma unanimidade no assunto que enfatiza que o principal foco de uma empresa deve ser a estratégia.
Em 1993 Porter publicou um artigo “Estratégias de Fim de Jogo para Setores em Decadência” com o propósito de auxiliar as empresas a enfrentar esta situação de maneira “vitoriosa”, desenvolvendo quatro Estratégias de Fim de Jogo (Liderança, Nicho, Colheita e Desinvestimento Rápido). Um setor em decadência é como se fosse à fase final de um jogo de xadrez em que há uma série de redução de forças na qual o jogador se vê forçado a desenvolver táticas para vencer o adversário, é o que vem ocorrendo com os Fabricantes de CD’s. Em um futuro muito próximo os CD’s se tornaram produtos obsoletos em um mercado de rápidas mudanças tecnológicas, e as empresas defrontarão com a necessidade de enfrentar uma situação de Fim de Jogo, é possível que os fabricantes de CD’s venham lutar entre si para manter uma fatia de mercado de um bolo que se torna cada vez menor, sendo inevitável um grande período de baixos lucros em face da certeza da obsolescência e lentidão do declínio do setor. Michael Porter relata em seu artigo, que em setores em decadência as empresas enfrentam barreiras de saída caso seu ativo permanente e circulante ou ambos forem especializado em relação ao negócio, torna difícil a liquidação dos mesmos e cria uma barreira para as empresa abandonar o setor, há também os custos fixos referente aos acordos trabalhistas, multas por rompimento de contratos e assim por diante.
Entre as quatro estratégias desenvolvidas por Michael Porter, acredito que a mais adequada no cenário atual em que se encontram estas empresas, visando amenizar a hostilidade no setor, seria adotar a Estratégia de Liderança, através desta posição “dominante” a empresa teria uma rentabilidade acima da média, exerceria maior controle sobre o processo de decadência do setor “ditando as regras”, evitaria situações desestabilizadoras como a competição por preço, o que permitiria a recuperação dos ativos em caso de uma saída rápida.
No Brasil, os fabricantes de CD´s devem diversificar sua produção passando a investir em outros segmentos, se levarmos em considerando que a matéria prima dos CD’s apesar da aparência metálica é totalmente plástica, as empresa poderia produzir resinas plásticas de poliestireno, para atender o setor de embalagens e abastecer o mercado nacional, esta é uma alternativa para estas empresas.